Festlingerie movimenta Juruaia e gera empregos
Festlingerie movimenta Juruaia e gera empregos
A partir do dia 02 de setembro de 2008, Juruaia será palco da FestLingerie. O objetivo é reunir as confecções da cidade e apresentar as principais tendências e lançamentos da coleção Primavera/Verão 2009. Resultado de uma parceria entre a ACIJU - Associação Comercial e Industrial de Juruaia e a Prefeitura Municipal, o evento será realizado até o dia 6 de setembro, das 8h às 19h, nas lojas da cidade.
Criada há quatro anos, a FestLingerie surgiu para destacar o potencial do pólo de lingerie de Juruaia, que hoje responde pela produção de 10% das peças comercializadas no mercado nacional. Voltada para empresários, revendedores autônomos e varejistas, o evento destaca os produtos e o crescimento econômico do setor na região, além de gerar novas oportunidades de negócios.
Em 2007 cerca de R$ 1,5 milhão foram fechados em vendas. Nesta edição, os organizadores esperam bater o record em relação ao evento passado. Nas lojas os clientes encontrarão lingeries nas linhas básica, sensual e fetiche; camisolas, pijamas, moda praia e linha fitness.
Os empresários de Juruaia, nos últimos dez anos, investiram em máquinas modernas, deram ênfase à qualidade, ao estilo e ao trabalho criativo. Todas essas ações transformaram a cidade no 3º pólo fabricante de lingerie do País. Juruaia, com cerca de 9 mil habitantes, é movida principalmente por empresárias, que comandam 110 empresas, empregando quase 45% da população economicamente ativa do município.
Cerca de 110 fábricas integram o pólo de Juruaia e geram mais de 3700 postos de trabalho. As fábricas produzem, aproximadamente, 36 milhões de peças por ano. De acordo com a presidente da Associação Comercial, Maria Irene, as mulheres se destacam à frente das empresas e 80% delas trabalham, direta ou indiretamente, com moda íntima.
Oportunidade de emprego
Na pequena cidade de Juruaia, localizada no Sudoeste mineiro, a 470 quilômetros de Belo Horizonte e a 320 quilômetros de São Paulo, as mulheres deixaram o sofrido trabalho de plantio do café para se dedicar à fabricação de lingerie. A cidade, com apenas 9 mil habitantes, é movida principalmente por empresárias, que estão à frente das quase 110 empresas, que empregam 45% da população do município.
Há pouco mais de uma década, a cidade se encaixava em qualquer descrição de cidade típica do interior do Estado. Hoje, ela é considerada o terceiro maior pólo de lingerie do país. De acordo com Edgar Bardy, gerente administrativo da Associação Comercial de Juruaia – ACIJU, o PIB da cidade cresce em torno de 30% ao ano. Um número assustador em comparação a média nacional, que não chega aos 5%.
Todo esse crescimento relâmpago tem causado transtornos. Na cidade falta mão-de-obra especializada, como costureira e vendedora. O mercado aquecido também gerou oportunidade de emprego para estilistas. As fábricas contratam pela necessidade criativa das coleções. Os salários para uma cidade pequena do interior mineiro é atraente. Uma costureira, sem experiência, começa ganhando R$ 500. A vendedora R$ 600 e uma estilista em torno de R$ 1.200 para uma coleção de 12 peças.
A produção de peças íntimas gera um faturamento mensal de R$ 2 milhões e são consumidas 10 toneladas de tecidos por mês, resultando em 350 mil peças vendidas em todo o Brasil. O grande crescimento do mercado de lingerie se deve à força empreendedora das mulheres de Juruaia, representando a força produtiva local. Muitos homens também largaram a produção de café para ir para o mercado de peças íntimas. “Parece o extremo, mas Juruaia tem um potencial de empreendedorismo incrível”, salienta Sérgio Piza, empresário.
A associação comercial, ACIJU, é um exemplo do crescimento da cidade. No início de 2007 eram apenas 35 sócios. Agora, em agosto de 2008 são 63 associados, ou seja, mais de 60% dos empresários estão reunidos e empenhados a projetar mais a cidade. “Através da Associação obtemos crédito e facilidade nas compras de tecidos e matéria-prima. Fazemos cursos, viagens, participamos de eventos no setor de confecção.”, esclarece a Presidente da ACIJU, Maria Irene Lara.
Há mais de 10 anos, Juruaia vivia da produção de café e leite e não tinha vocação econômica definida. A produção de peças íntimas inseriu-a no mercado nacional. Todo o processo de confecção, da criação ao acabamento, incluindo modelagem, é desenvolvido pelas empresas locais.
As informações são da assessoria de imprensa
Fonte: Cosmo On-Line
Reportagem Públicada em 21/08/2008